Filmes e Séries

Avatar

No exuberante mundo alienígena de Pandora vivem os Na’vi, seres que parecem ser primitivos, mas são altamente evoluídos. Como o ambiente do planeta é tóxico, foram criados os avatares, corpos biológicos controlados pela mente humana que se movimentam livremente em Pandora. Jake Sully, um ex-fuzileiro naval paralítico, volta a andar através de um avatar e se apaixona por uma Na’vi. Esta paixão leva Jake a lutar pela sobrevivência de Pandora.

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resenha:

Avatar é um longa-metragem de ficção-cientifica dirigido pelo aclamado James Cameron, diretor de Titanic (1998) que estreou mundialmente em 2009. Considerado uma das produções mais caras e de maior faturamento no mundo todo, com um orçamento de $400 milhões e um faturamento total de $2,8 bilhões, James Cameron superou a si próprio em lucro desde Titanic.

Avatar é um filme futurista, onde um ex-fuzileiro naval e paraplégico chamado Jake é enviado ao planeta Pandora para explorá-lo. Lá ele conhece a tribo de humanóides Na’vi, que acaba caindo nas mãos dos humanos.

Em minhas resenhas, para os que costumam ler, eu sempre falo sobre clichês porque acho fascinante a forma como são utilizados de uma forma que podem se tornar indispensáveis muitas vezes. Que é exatamente o caso deste filme.

Acredito que mais da porcentagem gasto no orçamento foi voltado para os efeitos especiais que não são poucos. Na verdade, só tem efeitos especiais. Hoje em dia, ainda que a cultura da sétima arte esteja cada vez mais expandida em públicos diferentes, o público tradicional do cinema sempre vai existir e sempre será o maior público. Público tradicional, eu quero dizer aquelas pessoas, sem esterótipos, que vão ao cinema na intenção de distrair, se emocionar ou simplesmente assistir um filme. São pessoas que não criam expectativas de roteiros de diálogos ecléticos e interessantes, só querem se divertir. E sendo assim, quem acaba indo assistir Avatar com esse pensamento simples, acaba se maravilhando. Se deslumbrando de verdade. O filme teve lançamento IMAX 3D. Imagine ver diversas criaturas bem trabalhadíssimas (os Na’vi) se amando à frente de um céu a lá Aurora Boreal em 3D. É de arrepiar a virilha. E é encantador, não é? A forma como se pode tirar um bom dinheiro com cinema estrategicamente. Veja bem, não disse que Avatar é um filme ruim. A palavra certa seria superestimado. Este é o tipo de filme que se você ficar parado na saída da sala de cinema e perguntar para alguns espectadores sobre o tema do filme, eles não vão saber te responder. E por que? Porque todo o foco estava no visual. É isso que deu qualidade ao filme, os efeitos especiais. Não se precisa desperdiçar um bom roteiro em um filme que já é caro e rico em detalhes visuais, porque as pessoas não vão reparar e nem se importar com isso. Elas vão querer ver as explosões e cores. Aviões e armamentos futuristas. E a Michelle Rodriguez gatíssima.

James Cameron é um grande diretor. Por quê? Porque além de entender de cinema, é um ótimo estrategista e provavelmente por entre um monte de bons marqueteiros. Afinal, a divulgação sobre este filme foi pesada. E do tipo que qualquer família sentada na sala assistindo uma televisão que veja o comercial pense: “Vamos assistir esse filme? Parece bom” e a influência do próprio espectadores sobre outros “Assisti um filme ontem, você tem que ver os efeitos, cara”, formando assim uma massa de espectadores que arrecadou mais de $2,8 bilhões de dólares. Ah, por isso que eu amo o cinema.

As temáticas dos filmes de Cameron também são temáticas populares comuns que influenciam ainda mais na popularidade do filme, como: Titanic, envolve a discussão sobre valores morais, pessoas de classes sociais totalmente diferentes que se apaixonam. E o amor, que embora seja um tema banalizado para filmes, em Titanic não há o que ser discutido, a não ser a Rose que poderia ter revezado a porta com Jack. E Avatar, cuja temática é invasão de território, desmatamento e violência.  Estávamos em uma época em que esse tema estava em grande destaque, pois estava mais ou menos no começo do agravamento do aquecimento global. Onde todas essas atitudes do homem estavam começando a trazer consequências de verdade para o mundo inteiro. Os humanos novamente querendo tomar uma área que não lhes pertence e que não têm nenhum direito de posse sobre. Um planeta, neste caso. E claro, a ideia de um humano ficar entre seu mundo e o de outro. Amor… amor… bom senso… amor.

Avatar não é um filme para se mostrar desprezo ou nem ao menos querer ver. Pelo contrário, não se sinta obrigado a amar por muitos fazerem isso, mas eu digo “Assista esse filme do Cameron, cara, olha a influência que ele tem sobre o espectador. Olha esse trabalho dele”. Avatar não é um dos melhores filmes do mundo. Na verdade nem está entre eles. Mas é um filme tão bem feito e divulgado, inteligente, que ainda que você não tenha todo um aprecio que boa parte do público tradicional tenha tido. Você acaba respeitando simplesmente pela qualidade do trabalho em si. Ah, e já tem mais três sequências confirmadas.

Filmes e Séries

Black Mirror

Sinopse: Uma espécie de híbrido entre “The Twilight Zone” e “Tales of the Unexpected”, Black Mirror explora sensações do mal-estar contemporâneo. Cada episódio conta uma história diferente, traçando uma antologia que mostra o lado negro da vida atrelada à tecnologia.

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resenha:

Black Mirror é uma série inglesa de… de quê? Ficção científica? Drama? Humor negro? É bem difícil categorizar. Criada e escrita por Charlie Brooker, originalmente era exibida pelo Channel 4, mas foi comprada pela Netflix. Possui duas temporadas com 3 episódios cada e um episódio especial de Natal, exibidos em 2011, 2013 e 2014. Sua terceira temporada está prevista para estrear esse ano, com 6 episódios.

Cada episódio traz uma história e um elenco diferente, mas todas ambientadas num futuro onde a tecnologia é completamente integrada com a sociedade. Falar sobre Black Mirror é falar sobre como a sociedade se tornou escrava da tecnologia. Cada episódio aborda um aspecto diferente desse vício, e a forma como todas as interações, reações e atitudes se adaptaram à era digital, levada ao extremo na série mas ainda perfeitamente crível.

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Gattaca – Experiência Genética

Sinopse: Vincent Freeman sempre sonhou em viajar para o espaço, mas não pode por ser considerado geneticamente inferior. Ele decide desafiar seu destino comprando os genes de Jerome Morrow, e assumindo a sua identidade. Freeman entra para o programa espacial Gattaca e se apaixona por Irene. Uma investigação sobre a morte de um oficial de Gattaca complica os planos de Vincent.

Resenha:

A história do filme Gattaca dirigido por Andrew M. Niccol, se passa em um período futurista, nele pode-se ver uma nova sociedade, que é controlada pelo Estado sobre a concepção social da qualidade dos genes, na qual esta manipulação genética acabou criando novas espécies de preconceitos e divisões sociais, de uma certa maneira legitimada pela ciência.Esta ideia de manipulação genética está interligada a ideia de Eugenia, neste conceito as pessoas não são definidas pela cor, raça ou cultura e sim pelos seus genes. Nela existem seres humanos que estão destinados a desaparecer para que assim a raça humana seja “melhorada”. Segundo os estudiosos desta Eugenia daqui a alguns anos os bebês podem ser concebidos com características genéticas pré-definidas que tornam eles “seres perfeitos”, por meio da fertilização In Vitro.Este filme mostra uma versão futurista de um mundo Eugênico no qual a procriação ocorre em laboratórios, criando assim uma criança sem defeitos genéticos. Os pais que desejam utilizar desta técnica têm-se a oportunidade de escolher e manipular características que deseja que existam em seus filhos, criando assim seres perfeitos aos olhos desta nova sociedade.Este processo acaba por criar uma diferença entre os indivíduos apontando assim quem são as pessoas aptas para ocuparem cargos elevados, como resultado final as pessoas são rotuladas como Válido, conseguem os melhores empregos, e competições, e os Inválidos, são os imperfeitos com predisposições genéticas para doenças e deficiências.O filme aborda também este assunto que pode refletir no futuro, que a historia da vida de um homem que é excluído da sociedade, por ter nascido com limitações físicas. Esta característica levou ele ocupar uma posição negativa na sociedade, que é de uma pessoas inválidas impedida de exercer um papel de um ser humano como outro qualquer com direitos e deveres.Este tratamento diferenciado termina refletindo no caráter deste homem que troca de identidade para tentar provar que ele é capaz de exercer uma função assim como qualquer outra pessoa normal. Pois de fato as pessoas podem ter uma limitação, mais nem sempre os impedem de realizar seus sonhos e ser excluído da sociedade.Gatacca traz nada mais nada menos, do que a ideia de manipulação genética. O irmão de Vincent foi concebido através dessa, e por isso sua saúde é superior a dele, isso se deu porque seu DNA foi manipulado, retirando-se características consideradas ruins, então o individuo resultante desse processo era considerado melhor que os não geneticamente manipulados.

Filmes e Séries

Jurassic Park

Sinopse: Os paleontólogos Alan Grant, Ellie Sattler e o matemático Ian Malcolm fazem parte de um seleto grupo escolhido para visitar uma ilha habitada por dinossauros criados a partir de DNA pré-histórico. O idealizador do projeto e bilionário John Hammond garante a todos que a instalação é completamente segura. Mas após uma queda de energia, os visitantes descobrem, aos poucos, que vários predadores ferozes estão soltos e à caça.

Resenha: Spielberg sempre foi um diretor diferenciado no quesito arrasa-quarteirões. Todos sabemos disso. Além de ter inventado o “gênero”, ainda possui alguns dos melhores títulos da espécie, tais como Tubarão e nosso filme em questão, Jurassic Park. Alguém duvida de seu talento? Digam que outro diretor consegue lançar este filme e A Lista de Schindler, duas obras-primas completamente diferentes, no mesmo ano… O fato é que aqui ele conseguiu mais uma vez, criando uma história envolvente, interessante, com situações de tirar o fôlego e dinossauros que impressionam até os dias de hoje pelo seu nível de detalhamento.

Baseada no livro de Michael Crichton, a história é cativante: dois paleontólogos, Alan Grant (Sam Neill) e Ellie Sattler (Laura Dern), são convidados para avaliar o potencial de um novo parque, construído pelo milionário John Hammond (Richard Attenborough). Acompanhados do excêntrico Doutor Ian Malcolm (Jeff Goldblum), do advogado dos investidores e dos jovens netos de Hammond, eles descobrem as até então desconhecidas atrações: dinossauros de verdade. Lógico que, em meio a tanto deslumbramento, alguma coisa sai errada e o passeio continua inesquecível, mas no pior sentido da expressão.

Ao contrário da maioria dos ‘falsos blockbusters’, Jurassic Park possui qualidades suficientes para lhe deixar com status de filme grande (assim como Tubarão). Sua história tem um perfeito desenvolvimento, construindo gradativamente todo o interesse em torno de seu conteúdo. Primeiro, o acidente. Depois conhecemos os personagens, sua missão e tudo mais, até aparecerem os impressionantes dinossauros. O importante é que sempre há interesse sobre o que está acontecendo, em um filme divertido e que não deixa de ter seus toques inteligentes. Há uma explicação convincente para tudo, além de um interessante questionamento sobre o certo e errado na construção daquele parque, sobre a vida e a evolução.

A direção ajuda bastante, criando planos eficientes e que compõe bem tudo o que o diretor deseja mostrar. O subentendido é usado de maneira brilhante e a emoção é construída de maneira precisa pela edição. Nunca há cortes demais. Conseguimos ver a perfeição dos dinossauros e o que acontece nas cenas mais tensas. O trabalho digital para recriar os animais foi tão grande que o resultado não poderia ter sido melhor: a perfeição permanece até hoje, mesmo com mais de dez anos de seu lançamento. Não é lá muito inovador (O Exterminador do Futuro 2 chegou um ano antes, também com uma impressionante interação entre real e CG), mas ficou com o Oscar de Efeitos Especiais do ano em que disputou.

Um efeito ou outro, como o braquiossauro na cena da árvore ou então um ou outro personagem mais destacado do fundo, se torna mais perceptível com o tempo, mas nada que altere o encantamento que a obra consegue causar. E isso é um ponto interessante. É legal ver como Jurassic Park realmente se tornou um clássico ao sentir que ele continua bom mesmo com coisas aparentemente velhas na tela, como por exemplo a roupa dos personagens (calças muito lá em cima, bermudas curtinhas) e seus cabelos. O estilo do filme é de uma outra época.

Claro que ver em vídeo não é a mesma coisa do que no cinema. Quem viu, viu, e quem não viu, infelizmente, perdeu um espetáculo áudio-visual (campo que Spielberg é mestre). O impacto que as imagens e o som causam é algo quase inexplicável. A sensação é de estarmos mesmo no meio daquele parque, cercados de dinossauros, sendo caçados, pouco tempo depois de estarmos deslumbrados com aquele mundo que a ciência resgatou, milhões de anos após sua extinção. O trabalho foi tão bem feito que mais dois Oscar foram conquistados nesse quesito, para Melhor Som e Melhores Efeitos Sonoros. A trilha de John Williams é excelente, com um tema forte, mas não tão marcante quanto E.T. ou Indiana Jones. Ainda assim, completa de maneira bastante eficiente toda a tensão que Spielberg cria na tela.

Os personagens se encaixam muito bem ao meio por terem características todas especiais. É curioso ver, por exemplo, o jovem Tim Murphy reagir melhor do que o experiente em paleontologia Dr. Alan Grant à presença dos dinossauros vivos. Cada um na ilha tem sua função, suas características próprias, em um trabalho onde os atores não precisam se esforçar tanto para fazer algo legal (pelo contrário, basta não exagerarem). Por quê? Simples. A emoção do filme não está nas interpretações, e sim no encantador mundo criado por Spielberg.